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Dengue - Propostas Vestibulares



FAPEC


Leia o texto a seguir. Lembre-se de que se trata de texto de apoio e que ele serve como referência e motivação para a sua reflexão sobre o tema proposto em seguida. O texto de apoio não deve ser copiado ou parafraseado, uma vez que sua redação deve ser autoral, inédita e original e escrita de modo a possuir sentido em si mesma.

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De acordo com os dados atualizados pelo Ministério da Saúde, o Brasil atingiu esta semana a marca de 512 mil casos de dengue registrados em 2024. Esse número agrega tantos os casos confirmados como aqueles classificados como prováveis, ou seja, que ainda estão em averiguação, em todos os estados, desde o início de janeiro até 12 de fevereiro. Os estados que registraram maior número de casos foram Minas Gerais, Acre, Paraná, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro, e também o Distrito Federal, e neles houve decretação de estado de emergência na saúde, o que é associado a um quadro de epidemia.

No levantamento, foram confirmadas 75 mortes pela doença. Outras 217 estão em análise.  O biólogo Adriano Mondini, especialista em saúde pública, pesquisador da dengue e docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp, campus de Araraquara, alerta para alta acentuada no índice de casos e o cenário de combate à dengue no Estado de São Paulo. O docente diz que a dengue ainda é negligenciada em algumas regiões. “De fato, apesar dos investimentos e do comprometimento de diferentes esferas do governo, a dengue ainda é negligenciada. Diferentemente de doenças cuja letalidade é acentuada, em alguns casos a infecção pelos sorotipos da dengue pode resultar em sintomas leves e que desaparecem depois de alguns dias, sem maiores complicações. No entanto, o que tem sido observado é que os casos graves e com sinais de alarme que requerem maior atenção do equipamento de saúde vêm crescendo ao longo dos últimos anos.”













Num país diverso e de tamanho continental, como o Brasil, é preciso uma adequação à linguagem e à realidade dos diferentes tipos de público. As diferenças regionais podem comprometer a forma como a mensagem chega até a população. Outro fator que impacta o combate à dengue são as imensas desigualdades sociais, que fazem com que as prioridades sejam mais individualizadas e menos coletivas, o que ignora as diferenças nos níveis de proteção social entre os indivíduos.





VUNESP


Leia os textos que seguem:


Texto 1


O espaço na mídia foi fundamental à conscientização de toda a sociedade, famílias, escolas e lideranças de diferentes organizações, desde associações de moradores e ONG’ s às instituições de saúde e outros setores públicos e privados. Todos unidos em guerra contra o pequeno inseto criado em casa e nos locais de trabalho, que se cultivava e com o qual se convivia passivamente, não obstante seu potencial de adoecer e matar pessoas.

Assumir cuidados com a casa e o ambiente de trabalho, atuar na proteção da própria saúde e da família, pactuar a sua parte com o Estado exercitando a cobrança de informação permanente, acesso à assistência, saneamento, reclamações, denúncias, etc. estimulou a generalização de uma cultura de participar, conhecer e praticar. A Prefeitura do Rio de Janeiro, ao assumir o gerenciamento das ações de controle da dengue através da secretaria municipal de Saúde, teve como primeira iniciativa a convocação de toda a mídia para um amplo e contínuo repasse de informações, incluindo dados científicos, informações técnicas, notificações em rede, etc. Paralelamente , outras providências foram aceleradas, tais como o fortalecimento do sistema municipal de informação epidemiológica e das atividades de treinamento dos profissionais para a assistência, o reforço das equipes de saúde e a reorientação do atendimento clínico, incluindo assumir a obrigatoriedade de internação de todos os casos com sinais de alerta de gravidade e a implantação da Central de Internação na rede pública e privada.

Na época, a Prefeitura, que gerenciava apenas 1.860 agentes de endemias, ampliou seu quadro para 2.710 e contou com um reforço de 760 agentes da Funasa, cedidos temporariamente por outros estados, e 870 militares do Exército. Totalizaram-se 4.340 agentes para vistoriarem 2.750 milhões de imóveis do município. A associação dessas iniciativas teve impactos positivos, reduzindo ou eliminando totalmente os óbitos – que ocorreram em menor número na rede pública, responsável pelo atendimento da enorme maioria dos casos. Esta foi a epidemia com a maior proporção de casos graves e óbitos confirmados laboratorialmente e, surpreendentemente, a de mais curta duração, quando comparada às anteriores associadas à introdução dos sorotipos de vírus 1 e 2 da dengue.


O mosquito transmissor da dengue é extremamente democrático, infelizmente, coloca no mesmo saco o cuidadoso e o relapso. Ferroa a todos, indistintamente.

Não obstante, a administração pública que tem o poder-dever de agir, de fiscalizar e coibir; se omite, permite e insiste em culpar tão somente o particular por todos os mosquitos nascidos e por todas as pessoas infectadas. Via de consequência, o sistema de saúde precário, ineficiente e atabalhoado não consegue dar conta sequer do diagnóstico correto. Tenho ouvido relatos de que se não houver uma fratura exposta, o diagnóstico, em regra, é “virose”.


Texto 3




Com base nos textos apresentados e nos seus próprios conhecimentos, escreva um texto dissertativo-argumentativo empregando a norma padra da língua portuguesa sobre o tema:


Combate à Dengue; responsabilidade só do poder público

ou de toda a coletividade?




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