Redija um ARTIGO DE OPINIÃO para ser publicado no site https://exame.abril.com.br, manifestando seu posicionamento sobre o tema :
COMENTÁRIO
Em seu edital, no que diz respeito à prova de redação, a UNIOESTE exige que o candidato se prepare para três gêneros: artigo de opinião, carta do leitor e comentário interpretativo crítico. No dia da prova são oferecidos dois desses gêneros e aluno deve escolher um. Nos últimos seis anos, em todas edicões desse vestibular, lá está o artigo de opinião como uma das propostas, motivo que o trago aqui para vocês.
Quanto ao gênero, ao se tratar de artigo de opinião, é preciso considerar ser esse um texto de essência jornalística, assim a prova sempre mencionará para qual veículo será escrito sua produção, nesse caso para o site da revista Exame. O enunciado também lembra que artigo é um texto opinativo e como tal exige argumentação. Muitos talvez estejam se perguntando se não é como fazer uma dissertação argumentativa. Não há dúvidas de que é muito parecido, mas o artigo traz em si caracterísiticas peculiares: liberdade estrutural(ambora siga a ordem: tema-opinião-argumentos-conclusão), linguagem culta adequada ao público alvo, pessoalidade, liberdade quanto à interlocução direta ou indireta e, claro, um título criativo e atraente. Sempre importante se perguntar: Meu texto é cativante, vou fisgar o leitor?
Quanto ao tema, a UNIOESTE sempre está atenta à atualidade e cobra isso de seus candidatos. Em 2020, o desmatamento na Amozônia chamou atenção pelo aumento expressivo a considerar a gravidade de sempre (91%) pela forte pressão do madereiros, criadores de gado e abertura de reservas indígenas.
Outra caracterísitca das provas de redação da Universidade do Oeste do Paraná diz respeito ao texto de apoio. Se você espera ajuda, melhor esquecer. Na maioria das propostas é o que vemos nessa: apenas um pequenino texto com algumas informações e, não raro, uma opinião. Isso é algo negativo para quem não chega à prova com muita informação/conhecimento sobre o tema em questão. Por isso, ler muito sobre atualidade é fundamental para quem pretende fazer essa prova.
Quanto à opinião, impossível defender o tema como algo positivo para o Brasil a considerar a perda gigantesca da biodiversiade da Amazônia para satisfação dos interesses econômicos de algumas categorias, além dos prejuízos sociais aos nativos. Ideologias à parte, já em 2018, o Preseidente Jair Bolsonaro já anunciava que, em sendo eleito, tinha interesse de extrair as riquezas da floresta equatorial, despertando receio entre ambientalistas e comunidades indígenas. Com sua eleição e a fusão do Ministério do Meio Amabiente ao da Agricultura, ficou claro que os interesses do agronegócio estariam em primeiro lugar. Vale lembrar que no início do ano de 2020 o próprio Ministro Ricardo Sales sugeriu, numa reunião ministerial, "deixar passar a boiada" enquanto o país estava preocupado com a pandemia. Essa situação chegou a tal gravidade para o Brasil que a sociedades internacionais suspenderam verbas para o Fundo Amazônia (só a Noroega deixou de enviar 133 bilhões), França e Alemanhã seguiram os mesmo passos. Enfim, todas essas informações e outras tantas poderiam servir de argumentação para a ideia expressa.
Muitos candidatos, por força do treino, chegam à conclusão com a dúvida se devem ou não elaborar proposta de intervenção. A resposta é clara: NÃO. Nem pensar. De jeito algum.
Assim como o artigo dá liberdade à forma e até mesmo com a estrutura, a conclusão segue esse aspecto ou seja, conclui-se como o escritor achar mais coerente, considerando o seu plano argumentativo: pode propor sugestões para solução da problemática, pode-se fazer um fechamento reflexivo, pode-se terminar com uma pergunta retórica.
Resumindo, para você que pretende fazer esse vestibular, leia, leia, leia sobre atualidade e saia da caixinha fechada da dissertação. Qualquer dúvida, chame a gente!
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